quarta-feira, 20 de abril de 2016

A direita mostrando as garras


Muito antes de concluir a consecução do golpe parlamentar, que já dão como favas contadas. A nossa direita tupiniquim já começa dizer a que veio. Estão indo com muita sede ao pote. É visível que a intenção é mesmo, tomar de assalto o poder de Estado como estabelecido pela Carta de 1988, com todas as conquistas regulamentadas pelo Congresso desde então, e mudar tudo, sem dar a menor satisfação à sociedade civil. Claro, que não precisam dar, eles não foram eleitos, deram um golpe, então não devem satisfações. Não escondem de ninguém, que não gostam nem um pouco, de nada, que os governos do PT fizeram esses anos todos. Não gostam de nada. É incrível como, mesmo sem nenhum voto nas urnas, se acham no direito de tomar de assalto o Estado brasileiro, e qual um tornado terrível, alterar tudo da noite para o dia, e o povo que se lasque. Porque eles não são nada nada democráticos. A última é o marco civil da internet, regulamentado em 2014, que querem inviabilizar, alterando totalmente tudo aquilo que foi aprovado, e é um exemplo para o mundo, com muitos países copiando e seguindo o modelo brasileiro ao se espelhar nele. A proposta dos golpistas é rasgar o marco civil de internet, conquistado às duras penas, depois de muita luta, discussão e debates com a sociedade civil. Querem rasgar o documento e criar outro de cima para baixo, sem discutir com a sociedade, porque eles não são nada nada democráticos. É preciso que a sociedade reaja imediatamente, porque se a iniciativa da direita prosperar, em seguida começarão a cobrar o acesso à internet, que hoje é ilimitado, por tempo de uso. Dessa forma, inviabilizarão o acesso à internet, para os mais pobres. Por que? Porque eles não são nada nada democráticos. 
Por tudo aquilo que o país já passou nos últimos tempos, teve que enfrentar e superar, com crises e crises de todo tipo. Desde a época em que lutava com inflação galopante, uma enorme dívida externa, a miséria nas grandes cidades e os sucessivos planos econômicos para pôr fim às crises conjunturais, e outras nem tanto. A nossa elite teórica adquiriu e acumulou todo um conhecimento, que em momentos de dificuldades, pode se tornar muito útil. Portanto o país tem bagagem e quilometragem para superar qualquer crise interna. Acontece, que muitas crises do mundo de hoje, são em sua grande maioria, resultado da crise do capitalismo financeiro internacional desregulado. Capitalismo financeiro, que enxerga num país como o Brasil, uma excelente oportunidade, para otimizar os seus lucros financeiros exponenciais. Para isso, precisa de aliados fortes internos, que facilitem a otimização dos rendimentos de aplicações e investimentos financeiros do rentismo. Daí eles precisarem de um Banco Central independente, para poder elevar os juros Selic para a estratosfera, quando for conveniente. O sistema financeiro é tão forte, que mesmo durante o governo do PT, acumulou imensas fortunas com o rentismo. Só durante os últimos doze meses, que terminou em março passado, foram 513 bilhões de reais, retirados do tesouro nacional e entregue em mãos dos aplicadores rentistas. Isso durante um governo, que fez e trabalha em benefício dos mais pobres. Agora imaginem num governo neoliberal, com o fim dos programas de transferência de renda para os mais carentes, e o aumento dos juros, mais do que já são hoje, a montanha de dinheiro, que será transferida para os mais ricos, e o consequente aumento da desigualdade, que já é grande. Esse é o cenário, que nos aguarda. Quem já leu o programa do PMDB, "uma ponte para o futuro", lançado em outubro de 2015, diz que é um programa econômico mais liberal do que aquele dos tucanos, quando os tucanos eram governo. Querem ser mais realistas que o rei. Então serão privatizações em massa, para agradar e fazer média com o butim internacional do patrimônio público nacional. E no Congresso já começa o movimento pela terceirização do trabalho, e o objetivo principal é o fim da CLT e da justiça do trabalho. É bom a população ficar bastante antenada e ligada, se articular com os seus órgãos de classe, categorias profissionais, sindicatos e movimentos sociais, para tentar reagir, senão a chance na perda de direitos, que já é evidente, será muito forte, com tudo que anda em marcha. Por que hein? Porque eles não são nada nada democráticos. Nada nada democráticos.




Um comentário:

  1. Aquilo não é ponte para o futuro e sim uma ponte para o extermínio do futuro!

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