sábado, 25 de maio de 2019

Faces anticapitalistas


Antes, bem antes aliás, quando se pensava em anticapitalismo, logo vinha à mente imagens da revolução russa, a ditadura do proletariado, e os partidos de esquerda aliados ao movimento comunista e ao socialismo. Hoje tudo isso está muito mais diferente, a luta política está cada vez mais sofisticada e complexa, não dá mais para ficar limitado apenas à posição dicotômica entre o preto e o branco. Hoje existe a chamada guerra híbrida, que é alcançar determinados resultados geopolíticos por meios não militares, foi o que ocorreu na Ucrânia e em algumas primaveras árabes, por exemplo, e ao contrário do que disse o general Mourão na China, ao responder uma pergunta sobre os BRICS, a guerra híbrida posta em ação hoje em dia, é empreendida e realizada sobretudo pelo império estadunidense, e não pela Rússia, como afirmou o general.
Basta ver o que fizeram contra o nosso próprio país, que desde junho de 2013 vem decaindo economicamente sob um ataque constante, que envolveu espionagem sofisticada, como revelada por Edward Snowden também em 2013, o ataque econômico contra as nossas maiores empreiteiras mediada pela operação lava jato, o que foi devastador para quase todas as empresas, provocando um desemprego no setor de mais de um milhão de postos de trabalho. Diante de tudo isso, no mínimo caberia a questão, porque nos tornamos a vítima da vez? Seria o pré-sal o grande motivador, ou o papel que vínhamos desenvolvendo no BRICS? De sorte que, está mais do que claro, que o capitalismo financeiro, representado por sua vertente mais radical do liberalismo econômico, que estão implantando no país, é um regime político e econômico, que retira direitos, desmonta o Estado, que se não era, por limitações, ainda um Estado de bem-estar social para todos os seus cidadãos, pelo menos assegurava, segundo a Constituição de 1988, um mínimo de garantia e de assistência pública para os mais desvalidos. Agora estão querendo acabar com tudo isso, não deixar pedra sobre pedra, desmontar tudo e vender, nem que seja aos pedaços, como estão fazendo com a Petrobrás. Para finalizar, é preciso dizer ainda, que se pode também ser anticapitalista de várias outras maneiras e formas, não apenas pela via revolucionária, embora não se deva descartar jamais a via revolucionária. Inclusive no mundinho das individualidades, pode-se muito bem sabotar o sistema econômico pelas beiradas. E isso pode ser feito, quando boicotamos certa cervejaria golpista, ou quando aderimos ao "consumo zero", ou a quase isso, buscando e procurando levar a vida com o mínimo necessário, e nos tornarmos mais vigilantes, para escapar das armadilhas da propaganda subliminar, dentre outras inúmeras possibilidades. Não esquecer jamais, que se trata de uma luta renhida, constante e muito dura.


sábado, 18 de maio de 2019

Como a direita se articula e se financia

A estratégia principal dos lacaios locais do capitalismo ultraliberal, ideólogos do liberalismo econômico, privatistas de carteirinha, partidários de toda desregulamentação e do Estado mínimo. Como mostra o artigo do site “The Intercept”, são pagos e financiados com o dinheiro de grandes trustes e grupos financeiros norte-americanos. Coordenados pela Atlas Network, utilizam como arma principal, no combate ideológico para derrotar governos populares com base na esquerda política, espalhar mentiras, e o uso constante da desqualificação contra todos os principais quadros e líderes esquerdistas, que ocupem cargos no governo, e contra todas as políticas públicas de inclusão social e ação afirmativa, qualquer que seja essa política, não importa, precisam ser atacadas, desqualificadas, e assim causarem o pior desgaste possível ao governo esquerdista de plantão, o desestabilizando completamente diante da opinião pública, até que consigam finalmente atingir o objetivo, o alvo, ou seja, derrubar o governo, que as implantou. Foi assim, que fizeram com a Dilma, desde 2013, que por milagre não perdeu as eleições gerais de 2014. Foi reeleita com uma diferença pequena de votos, mas não conseguiu governar mais nenhum dia após a posse em 2015, com um Congresso nas mãos de Cunha, um quadro político completamente desfavorável, pautas bombas e muita chantagem e conspiração. Dilma não caiu de imediato, porque o Congresso tem os seus ritos, precisaram abrir aquele falso processo de impeachment sem crime de responsabilidade, que só conseguiu produzir o afastamento definitivo da presidente em maio de 2016. Mesmo com ela ainda no cargo, o seu vice, Michel Temer, que já conspirava de forma escancarada com todos os golpistas, apresentou, em 29 de outubro de 2015, o projeto político: “Uma Ponte para o futuro”, de cunho profundamente neoliberal. Por essa razão, é que quando a Dilma caiu com impeachment em 2016, o seu vice Temer, em vez de dar prosseguimento ao projeto político que os reelegeu em 2014, MUDOU radicalmente toda a política de Estado, todo projeto político, que vinha sendo implementado desde a posse de Lula no primeiro mandato em 2003. Temer deu uma guinada de 180 graus em direção ao neoliberalismo econômico e à toda sua cartilha financista, com privatizações, reforma trabalhista, redução das garantias constitucionais dos cidadãos, desaposentadoria de pacientes com HIV. Enfim, só não conseguiu realizar a reforma da Previdência, em virtude dos dois inquéritos criminais, que pipocaram contra ele, em virtude da delação de Joesley Batista da JBS. O governo do Capetão é uma continuação do governo Temer, o saco de maldades contra o povo começou com Temer. Por isso, que alguns bolsonímions diante das críticas contra o governo do Capetão, que ainda não apresentou nenhum projeto para o país, a não ser propor a entrega do país aos interesses norte-americanos e a destruição de direitos dos trabalhadores e estudantes. Seus apoiadores REAGEM sempre afirmando, que Temer era Dilma, que era o vice do PT, mas não dizem, omitem, que temer não aplicou, em nenhum momento depois que tomou o cargo de presidente na mão grande, a política do PT e de Dilma Rousseff. Dizer que Temer é Dilma, é uma mentira deslavada, mas é sempre assim que fazem. Praticam o contorcionismo verbal, distorcem os fatos em causa própria. Atacam os adversários com mentiras e se defendem também com mentiras.
P.S. Não deixem de ler o artigo.