segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Sobre o artigo da Revista Valentina

Esqueci de postar um lembrete aos leitores, que tiveram dificuldades, e não conseguiram ler o artigo postado aqui abaixo, é só levar o cursor até a matéria postada, são duas páginas, clica na primeira página onde está a fotografia do grupo, que a página abre para um tamanho legível, e em seguida faça o mesmo procedimento na segunda página. Agora por favor, não basta apenas ler, deixem algum comentário, que não arranca pedaço de ninguém, digo isso principalmente para aqueles que são membros do grupo, em geral tão falantes, quando estamos em grupo, e agora digitalmente tão omissos. Desculpem-me a franqueza, mas sem a participação dos membros do grupo, fica mais difícil levar esse espaço adiante. Porque o debate de idéias é importante, é motivante, é estimulante, e uma coisa leva a outra, que leva a outra, e assim vai, aonde pode-se chegar é imprevisível, só depende de todos. Estou aguardando.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Usos e equívocos feitos da Filosofia


Por mais que nos levem às evidências mais inabaláveis e inquestionáveis. Fora do âmbito das ciências exatas, sobretudo da matemática, não conheço nenhuma narrativa filosófica, que não se preste a diferentes interpretações, desentendimentos, que não levem às incompreensões e distorções usuais. Porque um texto filosófico depois de publicado, é quase como se tivesse caído em domínio público, não existe quem possa defender a sua verdade original, algo como um guardião da sua pureza teórica, uma espécie de crítico do saber filosófico, como foi escrito em sua forma original por determinado filósofo ou narrador com formação filosófica. Fora os críticos propriamente ditos dos textos filosóficos recentemente publicados, e resenhista de livros em geral. Quase não existe a atividade de outra espécie de crítica, não apenas aquela para textos, mas uma crítica que focasse mais os usos e utilizações, que são feitos da filosofia. Como por exemplo, nos usos dos conceitos filosóficos por diferentes atores no contexto cultural e político. Como está sendo entendido o pensamento de determinado filósofo, no uso cotidiano, que é feito desse mesmo pensamento, tanto no jornalismo cultural dos cadernos literários, como no jornalismo político, e pelos políticos em seus discursos nos palanques da vida. Pobre filosofia, que na maioria das vezes, é tão mal compreendida.


E também, com frequência, tão maltratada, quando utilizada por diferentes profissionais de outras áreas de atividades práticas e do próprio saber. É como se, já que não é especialista na matéria, achar que pode negligenciá-la à vontade. E até mesmo quem se diz especialista, em certas ocasiões, comete equívocos magníficos, quando se manifesta não visando à busca da clareza e da evidência naquilo que diz ou escreve. E o mais grave, é que fica tudo isso, por isso mesmo. Fica o mal dito, como bem dito e, como não há quem desfaça os equívocos, o estrago está feito e consolidado de uma vez por todas e para sempre, inclusive nas próximas utilizações que se vier a fazer do conceito, com significado distorcido. Dessa maneira, cada vez mais, o discurso filosófico vai, gradativamente, perdendo credibilidade. Cai o interesse do público por algo, que não é digno de ser levado a sério, já que qualquer um pode usar e interpretar, como bem (ou mal) entende, e fica tudo isso por isso mesmo. Como se o discurso filosófico não fosse algo, possível de ser levado a sério, não confiável. Seria tudo isso, o sintoma de uma crise na filosofia, ou de crise na sociedade de forma geral?