O golpe, em
parte, já foi dado, e parte-se agora para a segunda parte dele no Senado, que
poderá levar até 180 dias de duração. A situação se inverteu de tal forma, que
se antes, quem se interessava pela demora no processo era o governo, agora quem
deseja procrastinar é a direita golpista. É natural, que agora, depois de
milhares de espumantes abertos para celebrar a vitória da truculência do golpe
de estado, eles arrefeçam um pouco do lado de lá da direita. Agora é o momento
da direita inventar um discurso, precisam mais do que nunca de uma narrativa
legitimadora para o golpe, algo que cole nas consciências como um vírus, e
façam o povo acreditar, que essa é a verdade. Porque, não sei se já conseguiram
perceber nessas últimas aparições do Temer, pelo olhar, dá para perceber, que
continua com aquele seu olhar típico e característico de golpista traíra, tipo
puta arrependida. Ainda não conseguiu vestir o paletó de presidente da
república, não conseguiu ainda entrar no personagem, por enquanto continua
muito canastrão. Daí ser necessário o ataque das esquerdas ser permanente,
denunciando, desmascarando, desqualificando, e aqui faço um breve parêntesis
para fazer uma paródia de uma fala de FHC, usando no caso o termo “desqualificação”.
Quando foi perguntado a FHC o que se poderia ainda fazer para salvar o governo
e o Brasil da situação política de crise se agravando a olhos vistos, ele
respondeu que não tinha como salvar o que não podia ser salvo. Eu assisti a
declaração na tevê. Então fazendo a paródia dessa ideia de FHC, se poderia
dizer “como se poderia desqualificar quem não tem qualidade”. Um dos papéis do
discurso ideológico, e que se faz através de manipulação, que uma ideia mentirosa
seja transformada em verdade, vencem até mesmo as verdades dos fatos, como é o
caso agora. Eles apostaram e colaboraram no agravamento da crise política, para
aumentar a desgovernabilidade da presidente, desde o final do resultado das
urnas, quando já se falava em impeachment. Investiram tudo que podiam para
capitalizar a figura de Eduardo Cunha e toda a sua quadrilha de mais de cem
ladrões, eleita com ajuda do dinheiro obtido por Cunha, não se sabe como, mas
pode-se imaginar. Aliás, foi aí, dizem algumas não tão boas línguas, foi aí que
Skaf e sua tropa de choque empresarial da Fiesp pagou realmente o pato, rolou muita grana para políticos até o desfecho final com a
apoteose do 17 de abril. Pagaram um pato enorme, e o mais curioso, é ver como
as pessoas não percebem, algo tão bandeira, e aceitam como natural, uma
corrupção correr solta para dar um golpe num governo, que diz querer derrubar
porque é corrupto. Então eu derrubo um governo corrupto, através da prática
disseminada da pior corrupção possível, que é a compra de deputados no balcão
de negócios do Sr. Cunha, numa conspiração em quem dá mais para derrubar a presidenta,
eles gostam “só para sacanear” de dar mais ênfase no A final de presidenta.
Tudo vale e tudo pode para derrubar esse governo, até coisas erradas, até o
senhor Eduardo Cunha na presidência da Câmara, que apoiaram tanto, que
conseguiram elegê-lo por ampla maioria sobre o segundo colocado. E o discurso
contra a corrupção prosseguia, e a corrupção entre eles também, nunca se
corrompeu tanto como nesse período golpista da república, não importa o preço a
pagar para derrubar o governo do PT, esse era o lema em São Paulo, e que acabou se espalhando de forma virótica para o resto do país. Como são os atores
principais e protagonistas da crise política, crise que acabou por contaminar a
economia, claro com a instabilidade de um lado, impossível que não reflita na
vontade do investidor, e afeta tudo em cadeia. Com isso, tudo piorou a partir
daí, até os índices econômicos, de desemprego e inflação, que são referentes
mais sensíveis ao clima político. Além da influência da crise mundial, o preço
do petróleo muito menor, etc. Agora é curioso, observar a desonestidade dos
partidários do golpe, em transferir toda a responsabilidade pela crise apenas
para um lado da moeda, como se tivessem lavado as mãos muito sujas de todos
eles, não têm nada a ver com a piora da economia do país, se o país quebrar é tudo por culpa do governo, que é incompetente e corrupto, diziam e continuam a dizer, incrível como é possível alguém em sã consciência acreditar numa fábula falsa dessa. Como é desonesto tudo isso,
basta ver como votaram as pautas bombas monumentais com Cunha dando as cartas
na presidência da Câmara, tal e qual um chefe mafioso, a tática do quanto pior
melhor. Votaram contra até mesmo aquilo que adotaram quando foram governo.
E
agora depois do golpe, com a maior cara de pau, vem a público tentar levar a
população acreditar em mais mentiras. Como se fabricar a crise, já não fizesse parte da estratégia golpista para derrubar o governo. O termo desonestidade é pobre para
dizer e exprimir tudo o que anda fazendo e dizendo a nossa direita
golpista.Viva o fato.
E viva a canalhice institucionalizada!
ResponderExcluirConcordo plenamente. Viva Mariano!
ExcluirE agora o que faremos? Estou perdido!
ResponderExcluirO que fazer? Negar, desconstruir, desqualificar, destruir e desmascarar a narrativa mentirosa deles. Sobretudo agora, que estão a elaborar uma nova narrativa, para justificar, legitimar e naturalizar o golpe de estado parlamentar, jurídico e midiático, que deram, derrubando um governo legítimo, eleito por 54 milhões de eleitores. Agora é isso, sempre que puder e tiver oportunidade, sempre negar o discurso mentiro deles, denunciá-lo, deslegitima-lo. Entendeu?
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