Chico dos Santos
Dos deuses, das musas, dos anjos,
Dos deuses, das musas, dos anjos,
Das adivinhações,
das viagens,
que alucinam
e elucidam,
Das aparições
súbitas, repentinas,
Porque não
esperadas.
Chico dos
santos das gargalhadas,
Que mesmo
vivendo muito distante de Ronald Laing,
Também viu a
ave do paraíso,
E jamais
voltará a ser o mesmo.
Chico dos
Santos
Das dores e
dos prazeres,
Da prudência
e das loucuras mais inusitadas.
Chico dos
santos da disciplina lisérgica,
Das mirações
da Ayahuasca,
Da parte visionária
do teste do ácido.
Chico dos
santos
Dos chás
amazônicos fenomenais,
Com poderes
capazes de alterar o ser, a visão, o humor, o amanhã.
Chico dos
Santos o reverenciado,
Chico dos Santos
perdeu a memória,
Ficou e foi
esquecido,
Está com o
mal de Alzheimer.
Quem sabe,
não quis a natureza poupá-lo,
De ter que
registrar e fixar na mente,
Todos os
dissabores
Daquilo que
se passa em nosso país.
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