domingo, 27 de outubro de 2019

Será o fim do neoliberalismo?

Esse Paulo Guedes, que hoje vemos, como ministro da economia,  que está dando as cartas no Brasil, pondo tudo à venda, num privatismo galopante e obsessivo, a acabar com a previdência pública, trabalhando para pôr um fim definitivo à universidade pública, entregando tudo enfim. Na teoria, é adepto da ideologia econômica denominada neoliberalismo, uma ala do campo ideológico do liberalismo econômico, que é extremamente radical, quando se trata da questão da abertura da economia, para o capital privado e/ou financeiro. A meta final, dessa gente, é retirar totalmente a presença do Estado da economia nacional, ou pelo menos, inviabilizá-lo, deixá-lo limitado a um papel profundamente irrelevante.
Voltando um pouco no tempo, há mais de trinta anos atrás, vamos encontrar esse mesmo personagem, isto é, o Paulo Guedes, implantando no Chile de Pinochet, em plena ditadura sanguinária pinochetista, essas mesmas medidas. Implantando a cartilha neoliberal, da escola de Chicago de Milton Friedman, como se estivessem usando a nação chilena de cobaia da vez, fazendo uma experiência "científica" (risos). Não vamos nos esquecer, que uma coisa é a razão da outra. Para a direita implantar essa nefasta agenda na economia chilena, precisaram de uma nefasta ditadura, e não foi uma ditadura qualquer. A ditadura de Pinochet teve paredão de fuzilamento em pleno estádio nacional do Chile em Santiago, muita gente morta ou desaparecida, e a presença ostensiva de dois grandes campos de concentração, como é dito no vídeo, um no escaldante deserto de Atacama, e outro nas congelantes geleiras andinas. E o resultado do trabalho sujo de Paulo Guedes prestado no Chile de Pinochet, estamos vendo agora, com as ruas chilenas novamente cheias, mais de um milhão de manifestantes em protesto, exatamente contra aquelas medidas. Ouve-se agora nas ruas chilenas e argentinas, palavras de ordem de todo o tipo, como por exemplo “neoliberalismo nunca mais! ” O que parece, e de fato, é fantástico! É preciso aguardar um pouco mais, para ver se toda essa revolta dos protestos, se capitalizarão em transformação de fato do país. E os interesses reais do povo local possam voltar a se refletir no poder político de ocasião.

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