terça-feira, 15 de outubro de 2019

Impossível ser republicano com um fascista

Em tempos difíceis e extremistas, como esse que estamos atravessando, considero que a opção da ação política pelo caminho da moderação e do republicanismo, diante de toda impostura política, do Lawfare praticado por parte do judiciário contra líderes populares de esquerda, com a finalidade de atingir determinados objetivos políticos por outros meios, e que acaba por levar à criminalização da política. Da política do esgoto e do vale tudo praticado pela extrema direita ora no poder, feita tanto no governo central, como em alguns dos mais importantes governos estaduais do país, como Rio e São Paulo. É uma temeridade sem tamanho, e só sendo mesmo muito ingênuo politicamente, para correr o risco de ser eliminado, ou melhor dizendo: dizimado, porque é assim que procede a extrema direita contra seus adversários, aliás inimigos. E, como todo mundo sabe, com os inimigos a extrema direita não debate jamais, contra os inimigos, quando devidamente identificados, se elimina-os o quanto antes. Foi assim ao longo da história, e assim é agora com essa extrema direita no poder. Pode-se alegar todas as razões possíveis, para evitar se atritar com a extrema direita, a principal delas é o medo do conflito se radicalizar, e o chamado campo popular mais perder do que ganhar. Acontece que não tem outra alternativa, isso acontecerá mais dia menos dia, a fuga do embate será pior, porque não tem escapatória, se eles se fortalecerem um pouco mais, o que virá, será ausência de garantias individuais, sob esse ou aquele pretexto, aliás pretexto é o que não falta para esse tipo de gente. Então será uma semi-ditadura, ou qualquer coisa que o valha, e já assistimos esse filme antes. Não tem moleza para as oposições num regime de força de extrema direita, nem muito menos democracia, uma palavra por demais desgastada. Diante de tudo que estamos assistindo, a retirada de quase todos os direitos da classe trabalhadora, conquistados ao longo de décadas, a perda da aposentadoria por exemplo, além de outras maldades, já que o saco de maldades contra a população trabalhadora é imenso. Reivindicar moderação e republicanismo é catastrófico, é como preparar o pescoço para a forca sem reação. O republicanismo não é algo do tipo de uma cláusula pétrea, só o devemos praticar com aqueles, que também são republicanos com a gente. Por isso não gosto nem um pouco da forma, como Fernando Haddad faz política e se manifesta publicamente, a forma como busca se aliar e compreender notórios golpistas de 2016, de como procura bajular certos meios de comunicação não só televisivos, etc. Será capitulação? O que parece, é que esteja apostando todas suas fichas na saída eleitoral, e com isso, quem sabe, já esteja fazendo seu pé de meia político para 2022.

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