quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

O discurso dos ecos chatos

Sustentar a pauta do discurso ambiental no atual contexto da realidade nacional, quando o país está sofrendo um ataque terrível e devastador contra todas as instituições do Estado, instituições que asseguram o mínimo de garantias constitucionais às camadas mais fracas e vulneráveis do ponto de vista econômico e social do país. Um ataque do capital financeiro internacional, que busca, mais do que tudo, limpar a área para poder atuar com mais segurança no território. Deixar o campo livre para poder maximizar os lucros e dividendos em seus investimentos aplicados, investimentos dos fundos de pensões norte-americanos e do próprio rentismo nacional, não só aqui, mas também no Chile, Argentina, enfim em todo o continente latino-americano. Falar de ambientalismo na atual conjuntura desses países, é no mínimo falta de senso de oportunidade, porque uma coisa é falar de meio ambiente em lugares, como a Noruega ou Dinamarca, onde quase todas as principais demandas sociais já foram equacionadas, quando não resolvidas. Agora levantar a bola do ambientalismo, como questão prioritária num país como o Brasil, um país da periferia do capitalismo internacional, ainda com grandes bolsões de miséria, indigência e pobreza extrema, é uma total falta de noção do que seja prioridade, além de erro político grave e grotesco. Aliás essa pauta tem penetrado no país através de ONGs norte-americanas, que nos empurra essa demanda goela abaixo, e alguns vassalos aceitam e passam e repassam adiante. Não que a questão ambiental não seja importante e relevante, mas numa escala de prioridades, não é a demanda mais importante num país do perfil do Brasil. A agricultura familiar é muito mais importante, porque fixa o homem em seu torrão natal, e é muito mais sustentável do ponto de vista ambiental do que o agronegócio, e até mesmo do ponto de vista econômico, já que a agricultura familiar emprega muito mais gente. Portanto é bom ficar ligado, para não acabar caindo em arapucas midiáticas, que recebemos cotidianamente através de diferentes meios, e de várias formas.




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