sábado, 25 de novembro de 2017

O Golpe continua em curso, não se encerrou com o impeachment


Para o deputado estadual Paulo Ramos, constituinte de 1988, a prisão de deputados e governadores, como ora em curso no estado do Rio de Janeiro, é completamente ilegal, porque infringe a Constituição. Uma afirmação feita com argumentos firmes e seguros, e acrescenta que o golpe, contra o povo e a sociedade brasileira, ainda está em curso. Ouçam, vejam e assistam ao vídeo, para conferir o conteúdo completo da entrevista feita pelo blogueiro Miguel do Rosário no site Cafezinho. Também não gosto do jogo político feito pela chamada grande mídia, que também é parte do golpe, que muitos preferem chamar: "meios de comunicação de massa", ou aparelho ideológico de Estado. Mídia um braço importante do golpe, um braço do golpe, que tenta, o tempo todo, contaminar a opinião pública, envenenar e instigar o público com conteúdos nocivos e favoráveis à prática do justiçamento, com linchamentos públicos midiáticos. Portanto, manipular a opinião pública, de forma suja e covarde, é desleal, é trapaça enganar a boa-fé do cidadão comum, porque não é ético. Afinal de contas, levar a população a fazer linchamentos públicos, convocá-los e instigá-los através dos meios de comunicação de massa, utilizados para manipular a opinião pública, numa espécie de psicologia de massa do fascismo, prática implementada, disseminada e amplamente utilizada pelo nazismo na Alemanha de Hitler a partir de 1933. De sorte que, manipular as massas dessa maneira, significa reforçar práticas usadas pelo fascismo no passado, legitimar e naturalizar essas práticas políticas como algo normal. Porque não se deve jamais julgar e condenar alguém, um acusado qualquer, movido apenas pela força e a pressão das ruas, pela turba enfurecida; pela massa, que por sua vez, foi suficientemente manipulada, para se chegar àquele estado de coisas, àquele resultado, massa que está sendo usada para legitimar uma ação pública sub-reptícia, e assim, se conseguir alcançar um objetivo político, como a criminalização e condenação de uma adversário político. Justiça, para valer, não se faz dessa forma, e quando se observa, agentes públicos, como  os membros do MP, PF e do judiciário, agindo fora da lei, descumprindo a Constituição, não se deve dar apoio em hipótese alguma. A grande mídia brasileira, verdadeiros oligopólios familiares midiáticos, não tem feito outra coisa, que não seja, estimular e dar o seu apoio, na exploração pública através de manchetes colossais de prisões preventivas, procedimentos policiais e judiciais ilegais, realizados contra determinadas personalidades do meio político e empresarial, feitos fora dos preceitos da lei, atos jamais questionados. Pelo contrário, a mídia faz a execração pública de alguém, não importa o que tenha feito, e carrega mais nas tintas dependendo do campo político do personagem. No início da Lava a Jato, o partido mais demonizado pela mídia era o partido dos trabalhadores, hoje já esculacham  também setores do PMDB, e até agora, nada contra o PSDB, o partido de Aecinho, o queridinho de uma certa mídia. Não é nada correto esse tipo de procedimento, o que só legitima uma ilegalidade, a ilegalidade de procedimentos policiais errados e da própria grande imprensa. Tudo terá que ser feito dentro da lei. Com uma justiça e um aparelho policial, que não cumprem o que manda a lei, não se pode ter segurança jurídica, abrindo com isso, gravíssimos precedentes, para abusos piores da legislação daqui por diante, que no senso comum se chama: golpe. Portanto, se deixar aberta a guarda, golpes piores contra a soberania popular e a cidadania, poderão chegar mais rápido do que se imagina, que atingirão a todos indiscriminadamente, será o golpe contra todo mundo, contra os amigos e também contra os adversários  políticos. Será o autoritarismo ditatorial se absolutizando. Por isso, é um erro político alimentar o clamor popular, acender a chama e apoiar linchamentos públicos, contra quem quer que seja. Hoje se apupa um personagem, que foi demonizado, desprezado e desmoralizado pela mídia, e amanhã estará chorando copiosamente, quando prenderem preventivamente, de forma brutal e arbitrária um ente familiar querido ou um líder político aliado. Saímos da barbárie em direção à civilização, onde ainda não chegamos, porque é um processo constante e contínuo, e pelo que se observa, ainda com muitos desvios e retrocessos pelo caminho. Precisamos estar sempre vigilantes e cobrar pela legalidade e pela existência de um estado de direito com força e pleno vigor, que será um bem de elevado valor, no esforço do caminhar em busca de um mundo mais civilizado. Não quero, e não gosto nem um pouco, quando me forçam a jogar pedra na Geni.

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