quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

A condenação de dona Marisa


Deu água no barco

Os desembargadores e juízes de Porto Alegre no TRF-4, o mesmo tribunal que ratificou por 3X0, a condenação feita pelo juiz Sérgio Moro na primeira instância em Curitiba, que aumentou a condenação, condenou Lula sem materialidade comprovada do crime, como alguém ser condenado por homicídio, mesmo sem a presença do corpo da vítima. Os desembargadores e juízes de Porto Alegre, que condenaram Lula a mais de doze anos de prisão, donos e senhores do auxílio moradia, que, ao mesmo tempo que o pleiteiam, o aprovam em causa própria, dando-se benefícios, vantagens, gratificações, auxílios e outras regalias, que são verdadeiros privilégios, diante da situação de outras categorias do serviço público, mais privilégios para quem já é mais do que privilegiado, considerando o padrão de vida e renda dos demais brasileiros. Conselheiros e consultores da elite dominante, das oligarquias e da Casa Grande, continuam com a sanha obsessiva e persecutória contra a família Lula, seja a que preço for, comportam-se como se tivesse valendo quase tudo. O curioso, é que, tudo leva a crer, a intenção não é mais, nem poderia ser, apenas punitiva, ou seja, punição contra a pessoa do réu, com uma pena que provoque sofrimento no corpo do acusado, que deixe marcas, como os malefícios de uma desmoralização pública, por exemplo, poderiam trazer, tornando dona Marisa quase uma Geni. Joga pedra na Geni! O que, em hipótese alguma, pode  mais acontecer, porque a mulher está morta. O que querem então? Manchar a imagem, escrachar, esculachar,  esculhambar, enfim tripudiar em cima do cadáver de dona Marisa, e de tudo aquilo que estiver associado à memória dela. A condenação enquanto mensagem tem alvo e endereço certo, ou seja, o projeto político adversário, o projeto que esteve à frente do governo central até recentemente. Se esse for realmente o objetivo, como tudo leva a crer que sim, teoricamente o judiciário estará fugindo completamente da finalidade da punição judicial. Desse jeito, fica cada vez mais claro e caracterizado, o grau de politização do judiciário brasileiro. Como se contaminou e se sujou com a politicagem! Judiciário que não se confunde  jamais  com justiça, que pelo que tem vindo à tona até o momento, já se pode afirmar, sem medo de errar, ser uma instituição corrupta, um braço do golpe, elemento substancial na sustentação desse governo golpista criminoso, que tomou de assalto o poder de Estado. Apesar de todo o grau de terror, que falar disso suscita, provoca e revela, também tem o lado hilário da história. Os mentores desses juízes golpistas, quando tiveram a ideia de usar o judiciário, para atingir objetivos políticos espúrios, deliberadamente contando em legitimar procedimentos não democráticos, já que aparentemente estariam fazendo tudo dentro da lei. Jamais imaginaram, não deve ter passado pela cabeça dos mentores do golpe, que ainda poderiam se surpreender, não pensaram, que alguns juízes cooptados e aliciados  de vários países sul-americanos, como o nosso, fosse se desmoralizar tanto, de tal sorte, que poderiam vir adiante colocar em risco, e acabar arruinando por completo, todo o projeto neoliberal de poder. O rombo é grande e já ameaça fazer água, o povo começa a perceber.
Leiam mais aqui.

Um comentário:

  1. Só não concordo com a comparação ao homicídio sem corpo.
    O goleiro Bruno, foi o assassino ou mandante principal do assassinato de Elisa Samudio, seu corpo nunca apareceu, pois, segundo testemunha,foi jogado para os cães q o devoraram.
    No caso do Lula, as provas materiais são outras, relacionadas à documentação burocrática, ainda q haja bilhão de pessoas falando q o triplex é dele, ninguém pode testemunhar q ele sequer tenha passado uma noite sequer no ap e nenhum cartório possui as registro deste imóvel em seu nome.

    ResponderExcluir