terça-feira, 25 de julho de 2017

O público alvo


Sem respeito, nem diante da morte

Apesar do noticiário político ter dado uma trégua com o recesso, há tempos, venho me detendo mais no aumento do interesse do público pela política, do que propriamente pelos políticos e os seus personagens principais. Vejo-me mais atirado para determinado aspecto da realidade política nacional, não os bastidores da política, que também deve ser interessante, principalmente para quem se ocupa com a atividade política cotidiana, isto é, jornalistas e todos aqueles que perambulam nesse meio. Sinto mais curioso e interessante, pelo menos no momento, observar como os desdobramentos daquilo que acontece em Brasília, não como está impactando a população de forma geral, mas especialmente à determinada fração de classe social. Como é o caso de partes de uma certa classe média, ou seja aquilo que esse extrato social costuma espalhar na rede, como pensam e valoram os fatos, eventos e acontecimentos na órbita do mundinho da política. Como estão atuando nas redes sociais? Como estão reagindo às confusões da política? No que ainda acreditam, pensam ou pensam que pensam, repetem, replicam qual um robô, propagam crenças, preconceitos, que fazem questão de cultivar, espalhar, e com isso acabam por difundir o ódio, que contamina tudo de forma fulminante, até ser viralizado.
 

Tais como cães raivosos, da mesma forma que apoiam governantes não republicanos no poder, na vida pública e cívica se comportam na completa bandalha, nada nem ninguém merece respeito, praticam em suas manifestações o pior tipo de política, a política do esgoto, da difamação, da desqualificação total do adversário através de infâmias inverossímeis . E então, está instalada toda uma atmosfera favorável para as piores calúnias, injúrias e difamações contra personagens de agremiações políticas adversárias. E alguns aproveitam-se da morte de algum adversário notório, para vir a público fazer comentários injuriosos contra o morto, ofendendo a família do falecido de forma covarde e cruel em seu momento mais frágil e sensível, o momento da perda de um ente querido. Cães raivosos, que tal qual uma matilha ou quadrilha de delinquentes nazifascistas, atacavam as suas vítimas nas ruas e praças em tempos não tão distantes, repetem o mesmo procedimento, o mesmo modus operandi nos dias atuais, agora o campo de batalha e de ataque é a internet. Não vejo muita diferença entre uma e outra, os fascistas de hoje, que atacam mortos de esquerda, na verdade não passam de covardes, que por não ter ainda coragem suficiente, para ir para a rua espancar inocentes, o fazem vociferando e latindo em alto brado impropérios desqualificadores. 

São os mesmos que recentemente esculacharam esquerdistas em locais públicos, no radicalismo recente da direita, que alguns insistem em cultivar em nosso país, que vai totalmente em sentido contrário ao conhecido acolhimento natural, que todo brasileiro sabe ter diante do outro, do diferente, do estrangeiro. Tenho visto coisas horríveis nessa minha busca em observar certos comportamentos virtuais, sobretudo no mundinho da política, como determinadas pessoas ressoam a política. Apesar de tudo, de alguns dissabores, no aspecto geral tenho gostado do exercício. Pelo menos eles estão se expondo, mostrando a cara feia deles, revelando o que pensam ou como pensam, pondo tudo às claras, inclusive o desrespeito pelos mortos. Que assim o seja, enfim é o que temos, pelo menos por enquanto.


 
 

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