sábado, 17 de março de 2018

Uma direita predadora

Na hora que ouvi a frase proferida no vídeo de Rui Costa Pimenta: "O bandido é o judeu da extrema direita brasileira", na mesma hora, vi que precisava anotá-la, para uma eventual necessidade. Em outras palavras, a imagem do "bandido" hoje, em certo sentido, corresponde no imaginário da burguesia nacional, uma espécie de bode expiatório, como o elemento a ser eliminado, a ser tirado de cena, algo similar à situação do imigrante “invasor” na Europa, extremamente demonizado pela direita local. Ou, até mesmo, em último caso, a situação limite vivida pelo "judeu" europeu no período entre guerras do século passado, quando os nazistas alemães queriam eliminar os judeus de qualquer jeito, e a qualquer preço, quando os encontrasse não importava aonde. Era uma política oficial de Estado deliberada de extermínio de um povo, de um genocídio. É por isso, que considero a direita burra, nada dialética, dura, rígida, tensa, travada, extremamente violenta e predadora, embora reconheça que nesse momento esteja ainda conseguindo levar alguma vantagem nos embates, que se travam na luta política nacional pelo poder e hegemonia de narrativa. Eles estão de posse do poder político de estado, que tomaram de assalto com o golpe parlamentar-midiático-jurídico, e também pela força da grana do capital financeiro, da truculência do seu aparelho repressor e de muita mentira difundida através de robôs midiáticos e ideólogos de aluguel, que infelizmente ainda conseguem enganar e manipular tanta gente. Por isso, não é difícil perceber as digitais da direita espalhadas por toda parte, em ações políticas efetivas praticadas e em factoides espetaculosos divulgados, percebe-se a marca da direita se manifestando publicamente, a torto e a direito. Evitam debater qualquer ideia, contrariar o roteiro com outra ideia alternativa ou contrária, preferem negar a ideia proposta ou estabelecida, destruindo-a, aniquilando-a, matando-a, eliminando o adversário. Dão preferência sempre pelo ataque frontal, mortal, surpreendendo o adversário na covardia com um repertório cheio de calúnias e acusações difamadoras, portanto desqualificadoras. Enganaram muita gente nos últimos seis anos, mas não dá para saber, por quanto tempo ainda, continuarão enganando. A tendência daqui pra frente é o desgaste, quanto mais tempo continuarem no poder, por isso o risco é radicalizarem ainda mais, e apelarem para mais truculência e intervenção militar, mas também cometem erros, que os desgastam cada vez mais no decorrer do tempo. Começo a perceber, que já começam a perder apoio, em grande parte da classe média. Apesar de toda a gravidade da crise política trazida pelo golpe, prefiro acreditar na chance da casa cair, o mais rápido possível. Aposto nisso, a mentira não pode prevalecer indefinidamente, pois carrega em seu próprio bojo a sua destruição, e a destruição do país. Para concluir, como diz Rui Costa Pimenta, não se deve contar apenas com os erros dos golpistas, para poder derruba-los, é preciso fazer política pra valer, sair às ruas em grandes protestos e manifestações, fazer pressão sobre os golpistas, jogá-los nas cordas, acuá-los, para enfim conseguir derrubá-los definitivamente.

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