domingo, 4 de janeiro de 2015

Um breve comentário sobre um eleitor de Bolsonaro




O voto dele em Bolsonaro descobri por acaso. Jamais imaginei esse tipo de revelação de sua parte, já que não somos amigos, muito embora o conheça desde criança. Apesar de não chegar a sermos amigos, não somos inimigos ou adversários, costumamos ser amigável um com o outro. Volta e meia rola um diálogo sobre algum assunto, mas os afetos trocados são bastante contraditórios, porque é uma relação muito doida, alguma coisa entre o amor e o ódio, talvez fosse mais conveniente trocar o vocábulo "amor" por "admiração", tem mais a ver com o que acontece entre nós. Tem hora que os laços afetivos estão mais estreitos: que é quando nos aproximamos mais um do outro, e é quando rola uma conversa solta ou um diálogo mais sério e completo. Já em outras ocasiões ele fica à beira da hostilidade. Talvez a revelação de que tinha votado em Bolsonaro, fosse uma coisa mais de querer tirar onda, já que o candidato havia vencido a eleição para deputado federal com um número recorde de votos. Mas assim que percebeu, que a minha reação fora um tanto quanto negativa, mais que de imediato justificou o seu voto afirmando, que Bolsonaro não é essa figura que costuma ser tão mal pintada pela mídia e pelos adversários políticos. Que o candidato era um cara bom. E para concluir, afirmou que, o que o fizera realmente decidir a bater o martelo na escolha do voto favorável a Bolsonaro, foi quando descobriu, que ele costuma dar ajuda a muita gente. Não procurei entrar em detalhes, com perguntas sobre de que se constituía essa ajuda. Não sei se procede ou se é verdade a informação, nunca li nada a respeito na imprensa. Acho muito difícil ser verdadeiro esse dado.  Porque, qual é o político hoje em dia, que esconde dos eleitores, que ajuda alguém?  Já que nada mais hoje em dia é melhor capital político do que isso.  Logo quem.  Será mesmo?  Duvido muito, mas evitei polemizar com ele, e então encerramos mais esse diálogo cordialmente. Não é nada combinado nem deliberado, porque não temos uma cumplicidade explícita, alguma regra informal de relacionamento existe, mas jamais discutimos asperamente. Quando as coisas ficam um pouco mais tensas, sempre um dos dois bota o galho dentro e a conversa se encerra numa boa, o que é bom para ambos os lados.

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