domingo, 15 de abril de 2018

Duzentos anos de Karl Marx

Nesse ano de 2018, celebra-se o aniversário de 200 anos do nascimento do grande Karl Marx, autor do célebre livro "O Capital", que traça um raio X do sistema capitalista, mostra como funciona, suas entranhas e os bastidores sujos do capitalismo, numa análise de cunho eminentemente científico até agora insuperável do ponto de vista teórico. Um capitalismo, que traz como consequência, muita exclusão social, concentração da riqueza cada vez mais em pouquíssimas mãos, crises recorrentes, guerras, e por causa disso, a fome e a destruição de muitos países, tornando a vida de muita gente completamente insegura, instável e insustentável. Como estamos assistindo agora na Síria, e em muitos outros lugares, quando se vê um pequeno grupo de países extremamente ricos, liderado pelos EUA, conhecidos por empregar no campo da política internacional o imperialismo em suas relações com outras nações menores e menos potentes, tanto econômica como militarmente. Alegam não gostar de determinado governo de um país qualquer, por algum motivo, inventam mentiras, como foi o caso do Iraque, quando alegaram que o Iraque possuía as chamadas "armas químicas" ou "armas de destruição em massa". E assim, decidem de forma unilateral, atacar o país falsamente acusado, com a força máxima de suas armas de última geração, para derrubar e destruir o governo de um país soberano. Como consequência, destroem o país completamente, e como resultado, deixam centenas de milhares de mortos, milhões de cidadãos da população civil com suas casas em ruínas, perdendo tudo que possuíam, tornando-se refugiados da noite para o dia. Uma tragédia completa e desnecessária. É como age e atua hoje no planeta, os países imperialistas do chamado mundo ocidental, sem o menor respeito às leis internacionais promulgadas e assinadas por quase todos os países em seu organismo principal, a ONU. Países que se dizem desenvolvidos, e professam a fé em cultos monoteístas de cunho judeu ou cristão. O curioso, é que se consideram politicamente democratas, mesmo agindo dessa forma, dizem defender a democracia contra ditaduras, mas eles têm as suas ditaduras preferidas, como é o caso da ditadura monárquica da Arábia Saudita por exemplo, aliada de primeira hora dos norte-americanos, uma ditadura extremamente cruel, homofóbica, xenófoba e misógina, contra quem, os imperialistas não dizem nada, nem tampouco criticam ou fazem qualquer ameaça. Sem falar em outro vizinho extremamente violento da mesma região, o estado de Israel, governado hoje por Benjamin Netanyahu, um líder considerado fascista pelos próprios cidadãos israelenses, que executa e mata constantemente dezenas de civis palestinos desarmados à luz do dia, de forma covarde. Além de estar promovendo, nos dias que correm, uma verdadeira limpeza étnica no país, através da expulsão e deportação de milhares de trabalhadores estrangeiros, principalmente os de origem africana. É inacreditável, que tudo isso ainda esteja a ocorrer no mundo hoje, em pleno século XXI, mas infelizmente essa é a verdade a que estamos ainda sujeitos. E o sistema capitalista capitaneado por esse grupo de países imperialistas, com suas crises internas constantes, fruto do próprio sistema econômico, segue aos trancos e barrancos, com sua lógica de máfia, derrubando um governo aqui, outro ali, utilizando-se para isso de diferentes tipos de guerra, desde a hoje conhecida como guerra híbrida, onde se derruba um regime político de um país sem dar um tiro, e também da guerra por procuração, quando se arma milícias rebeldes de mercenários pagos à soldo do dinheiro imperialista e de seus aliados, como se fez na Síria, ou até mesmo, em último caso, o ataque direto, como o realizado contra o Iraque de Saddam Hussein em 2003. O que deixa a vida no planeta sob o capitalismo, cada vez mais instável e insustentável. Tempos muito difíceis.

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