sexta-feira, 22 de julho de 2016

Uma mente mais simples



Em geral uma mente mais simples, é mais fácil ser levada a acreditar na primeira hipótese, como razão de ser de um fenômeno qualquer. As coisas acontecem, mesmo que aparentemente apresentem uma causa mais determinante para a sua efetividade, tem também uma série de outros fatores ou causas como origem, causas menores evidentemente, mas que também tem influência no episódio, no acontecido. Por não está habituada a exigir mais da sua própria mente em voos mais ousados, uma mente mais simples acredita de cara na primeira causa, que lhe dão como razão de ser e pronto. Não acostumou o cérebro ao exercício diário de questionar aquilo que recebe e observa no mundo cotidiano, aceita quase tudo como verdadeiro, não sabe o que é ceticismo, não duvida de nada, e por acreditar em quase tudo, acabou tornando-se um crente, não no sentido restrito da palavra, mas no sentido lato, aquele que acredita. Tudo isso, a ponto dos mais maliciosos, considera-los ingênuos, ou naîves para os mais intelectualizados. Uma mente em tal estado, torna-se muito mais vulnerável aos aproveitadores, seja que aproveitador for, desde um político de plantão até mesmo um pastor picareta de ocasião, os chamados falsos profetas. Tornam-se vítimas enganadas e manipuladas com muita facilidade, quase uma massa de manobra, uma manada. Em tudo que ali se planta, floresce, cresce e esparrama-se para tudo que é lado, até mesmo um preconceitozinho qualquer. Hoje isso, amanhã planta-se aquilo, e assim vai se espalhando a plantação dos preconceitos, que vai cultivando e a proliferar terra a dentro, no afã de querer logo ser safra a ser colhida, para entrar no mercado. É triste constatar essa situação, mas tem sido assim, que as coisas têm se passado ultimamente. A gente mais simples tem sido manipulada, por grupos mal intencionados, seja de que interesse for, esse ou aquele, como campo fértil propenso a espalhar e reforçar determinados preconceitos, ali planta-se o veneno, que floresce e prospera, e em seguida faz um mal danado, não só ao alvo a ser atingido, mas ao próprio hospedeiro eventual do preconceito, que em vez de estar a aproveitar a vida da melhor maneira possível, está a perder tempo perseguindo membros de grupos discriminados e atacados pelos setores mais conservadores da sociedade. Estão portanto a serviço de, sem ter noção nenhuma do fato, sem consciência. Tem sido observado ultimamente, não apenas em terras sul-americanas, certos grupos de interesses na busca por legitimar algumas práticas antipopulares, utilizando-se dessa ferramenta de manipulação de massa, e depois do serviço feito e realizado, é feita uma pesquisa tipo ibope, algo plebiscitário, para justificar e legitimar algo, que de outro modo desagradaria em massa. É o chamado mau uso do vocábulo democracia. Portanto, é bom estar ligado.

3 comentários:

  1. Gostei! Por isso que as pessoas de esquerda não se deixam manipular, tem mais consciência e procuram se informar melhor dos fatos.

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  2. Dizer que "a ignorância é vizinha da maldade." Já não cabe aqui. A ignorância pode também propagar a maldade. Essas pequenas ideias plantadas no íntimo das pessoas geram grandes transformações em sua maneira de ver o mundo e em sua atuação nele; geram medo e incompreensão, propagam o ódio ao desconhecido e às diferenças;
    e acabam, desse modo,por gerar atraso retrocesso.
    Há que se ser eternamente vigilante contra os males da alma... pois as doenças do espírito, (com o), matam a vida e a liberdade! Fazem com que nossa habilidade de apreender e interpretar o mundo a nossa volta, se contamine por ideias pre-concebidas,ou generalizações superficiais. Nos privam de experiências e conexões profundas...

    Questionar como uma criança, sem a afetação religiosa dos iconoclastas e sem idealizações pre-concebidas,pois Não existem ícones a serem derrubados,nem verdades eternas ou absolutas a serem implantadas ou defendidas...
    E até mesmo Deus, o mais antigo dos tabus, pode resistir a dúvida e perdoar os espíritos livres questionar.
    Devemos lutar contra a propagação do espírito pobre, ou seremos nós mesmos a colher os amargos frutos que cultivamos lentamente pela inação.

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