Ao descobrir meio por acaso alguns eleitores de Bolsonaro,
foi que fui me dar conta, que esses eleitores não sabem verdadeiramente quem na
verdade é Bolsonaro, nem o que realmente pensa esse personagem. O que me leva a
por uma grande interrogação no atual sistema eleitoral brasileiro, será que
como esse sistema está configurado, ele informa suficientemente o eleitor a
respeito dos candidatos, como pensa, do que pretende fazer e fazer o quê na
política estando no Congresso em Brasília ou nas Assembleias Legislativas estaduais?
Na verdade, Bolsonaro transformou-se numa figura mítica da política nacional,
idealizada pela mídia para o bem ou para o mal, alguns votaram nele pela
notoriedade da personalidade polêmica em que se transformou, afinal de contas
tão falado na mídia, já que não havendo candidato assim tão conhecido, decidem
votar nele. Essa é uma das impressões que tive ao conversar com alguns daqueles
eleitores citados. É claro, que outros eleitores dele, infelizmente, votaram
nele porque concordam mesmo com a ideologia neonazista dele. A cultura política
ainda é muito baixa em nosso país, isso para não falar no analfabetismo
político que grassa. Se formos levar em consideração essa desinformação do
eleitor, quando escolhe o seu candidato, pelo menos nesse caso sentimos certo
alívio, já que nem todo eleitor do Bolsonaro é fascista como o próprio
candidato, e sim, que grande parte dele só o escolheu por conta da
desinformação político ideológica. Por outro lado é também assustador ver,
que como a desinformação acaba elegendo figuras como Bolsonaro, o risco desse
instrumento poder nos levar a escolher figuras muito perigosas para o país e
para a sociedade brasileira é muito grande. Daí a importância e a urgência de
se repensar o modelo brasileiro de democracia representativa e toda a reforma
política tão apregoada e falada nos últimos tempos, por outras razões, é
sabido, sempre lembrada mais devido aos escândalos sobre os financiamentos de
campanha política etc.
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