segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O Iconoclasta



O iconoclasta inconsequente é quase um pleonasmo.
Por que não é prudente ser iconoclasta, como éramos, ou desejávamos ser, de forma quase absoluta, na adolescência? Por que querer quebrar as regras, pelo simples prazer de quebrá-las? É possível, que em determinadas situações, seja impossível não quebrar algumas. Mas é um acidente, quando isso acontece, é uma exceção, não a regra. Do outro lado, a regra básica é: ter a intenção, o objetivo e o desejo de querer quebrar com todas as regras, não importam quais, sem precisar de razão alguma. No afã de querer ser consequente, com a última regra, ou seja: a regra de precisar quebrar com todas as regras. Quase sem perceber, sem nos darmos conta, pois não havia consciência da situação: DECRETAMOS a sentença de morte da regra básica. E dessa maneira, toda a sequência de quebrar com todas as regras de forma infinita e ininterrupta, é subitamente interrompida. E, portanto, nos despedimos e saímos de cena literal e efetivamente, com a quebra da derradeira regra de precisar quebrar regras, da necessidade, que é a regra de quebrar com a regra de querer quebrar com todas as regras.

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